Wednesday, July 27, 2005

«Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da húmida terra imposta, Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, porque não elas?
Somos contos contando contos, nada.»

Ricardo Reis... que soube encontrar imagens grandiosas para cantar a inutilidade de tudo e o esquecimento, a miséria da condição do homem, sujeito ao destino e aos deuses.

2 Comments:

Blogger PRP said...

Vou precisar de um tempinho para digerir o texto, mas ... depois eu faço um comentário decente ... ahahahahah

8:26 AM  
Blogger PRP said...

AAAAAAHHHHH agora entendi.... Trocando em miúdos, na vida tudo é passageiro exceto o motorista e o cobrador. heheheheh

2:24 PM  

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